A SEMANA SANTA celebra todos os anos este acontecimento inefável: a Encarnação, a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo para a salvação da humanidade; para o seu resgate das mãos do demônio, e a sua transferência para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Estávamos todos cativos do demônio, que no Paraíso tomou posse da humanidade pelo pecado. E com o pecado veio a morte (Rm 6,23).
Celebrar a SEMANA SANTA é celebrar a vida, a vitória para sempre. É recomeçar uma vida nova, longe do pecado e em comunhão mais íntima com Deus. Diante de um mundo carente de esperança, que desanima da vida porque não conhece a sua beleza, celebrar a Semana Santa é fortalecer a esperança que dá a vida. O Papa Bento XVI disse em sua encíclica “Spe Salvi”, que sem Deus não há esperança; e sem esperança não há vida.
Esta é a SEMANA SANTA que o mundo precisa celebrar para vencer seus males, suas tristezas, suas desesperanças. Toda a Quaresma nos prepara para celebrar com as disposições necessárias a SEMANA SANTA.
Ela se inicia com a celebração da Entrada de Jesus em Jerusalém, o Domingo de Ramos. O povo simples e fervoroso aclama Jesus como Salvador. O povo grita “Hosana!”, “Salva-nos!”; Ele é Redentor do homem. Nós também precisamos proclamar que Ele, e só Ele, é o nosso Salvador (cf. At 4,12).
TRÍDUO PASCAL
QUINTA-FEIRA-SANTA
Missa dos Santos Óleos
Na Missa dos Santos Óleos a Igreja celebra a Instituição do Sacramento da Ordem e a bênção dos santos óleos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos.
Missa da Ceia do Senhor
Na Missa do Lava-pés, na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja celebra a Última Ceia de Jesus com os Apóstolos onde Ele instituiu a Sagrada Eucaristia e deu suas últimas orientações aos Apóstolos.
SEXTA-FEIRA-SANTA
Na Sexta-Feira Santa a Igreja guarda o grande silêncio diante da celebração da morte do seu Senhor. Às três horas da tarde é celebrada a Paixão e Morte do Senhor. Em seguida, a Procissão do Senhor Morto por cada um de nós. Cristo não está morto, e nem morre outra vez, mas celebrar a sua Morte é participar dos frutos da Redenção.
SÁBADO-SANTO
Na Vigília Pascal a Igreja canta o “Exultet”, o canto da Páscoa, a celebração da Ressurreição do Senhor que venceu a morte, a dor, o inferno, o pecado. É o canto da Vitória. “Ó morte onde está o teu aguilhão?”
A vitória de Cristo é a vitória de cada um de nós que morreu com Ele no Batismo e ressuscitou para a vida permanente em Deus; agora e na eternidade.
MISSA DA CEIA DO SENHOR
(Quinta-feira santa)
Orientações a serem lembradas
1. Preparar o ambiente de modo que revele o sentido de uma ceia festiva (providenciar pães, frutas, etc., se possível);
2. Preparar um ambiente que seja digno, para o funcionamento da capela a ser colocado o Santíssimo Sacramento. Cuidar que não faltem adoradores;
3. Preparar o lava-pés;
4. Acolher com carinho as pessoas que forem chegando, e proporcionar à assembleia um espaço digno e acomodativo.
5. Atenção com os cantos: Em todas as celebrações e dias do tríduo (quinta, sexta e sábado), os cantos devem ser conforme a natureza da liturgia de cada dia.
6. No Domingo pascal, os cantos devem ser totalmente pascais, na letra e na música.
7. Um lembrete: os animadores e tocadores procurem ensaiar o máximo possível. Perdoem-me os bateristas, mas na quinta e na sexta, sobretudo, a bateria é dispensável. É preciso que os instrumentos sejam tocados com maior serenidade e disposição litúrgica.
CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR
(Sexta-feira Santa)
Orientações a serem lembradas
1. A liturgia de hoje sinalize despojamento e simplicidade. O altar fica sem toalhas e velas até o rito da comunhão;
2. A celebração começa e termina em silêncio, o qual ocupa lugar importante na piedade e na dinâmica desta liturgia. Aqui, os celebrantes ao se aproximarem do altar, se ajoelham ou se prostrarão;
3. A cruz é entronizada como sinal de vitória de Cristo sobre a morte. Beijando e aclamando a cruz, o povo aclama e adora Cristo que deu a vida por nós.
A AÇÃO LITÚRGICA É COMPOSTA DOS SEGUINTES E ELEMENTOS:
Liturgia da Palavra (especialmente a leitura da Paixão);
Orações solenes;
Adoração da Cruz;
Comunhão.
CELEBRAÇÃO DA VIGÍLIA PASCAL
(Sábado Santo)
Orientações a serem lembradas
1. Todos se reúnem fora da Igreja em torno do fogo aceso;
2. Cada pessoa traga a sua vela;
3. Se possível deixar a Igreja apagada até o fim da proclamação da Páscoa (Exulte). O ambiente seja iluminado com o CÍRIO (aquela vela grande que, depois de preparada e acesa, será conduzida pelo Diácono ou pelo Padre) e as velas acesas.
4. Apagadas as luzes e reunido o povo em torno da fogueira acesa (o fogo aceso), com a presença do presidente, INICIA-SE A CELEBRAÇÃO DA LUZ.
Celebração da Luz
A celebração da luz contêm três partes:
_ a bênção do fogo,
_ a procissão do círio pascal,
_ e a proclamação da Páscoa.
Liturgia da Palavra
Terminada a proclamação a Páscoa, apagam-se as velas, acendem-se as luzes, iniciam-se as leituras.
Antigo Testamento
_ 1ª Leitura (Gn 1,1.26-31a)
• Salmo Responsorial 102 (104)
_ 2ª Leitura (Ex 14,15-15,1)
• Salmo Responsorial (Ex 15)
_ 3ª Leitura (Is 55,1-11)
• Salmo Responsorial (Is 12)
_ 4ª Leitura (Br 3,9-15.32-4,4)
• Salmo Responsorial 18 (19)
Após a cantar o último Salmo e o padre rezar a última oração, a acendem-se as velas do altar e SE PODE TOCAR OS SINOS, enquanto se canta o GLÓRIA.
Novo Testamento
_ 5ª Leitura: Epístola (Rm 6,3-11)
_ 6ª Leitura: Evangelho (Mt 28,1-10)
Renovação das promessas batismais e aspersão da água benta
Após as PROMESSAS BATISMAIS e a ASPERSÃO DA ÁGUA BENTA, começa-se a LITURGIA EUCARÍSTICA
Ritos finais
_ Bênção solene
_ Canto de despedida.
Com votos de uma feliz Semana Santa e com gosto de uma abençoadíssima Páscoa.
Fraternalmente,
Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco