“Hermenêutica conciliar: reforma ou renovação?”. Este foi o tema de reflexões do segundo dia de atividades do 20º curso para bispos, que acontece desde o dia 31 de janeiro, no Centro de Estudos Sumaré, no Rio de Janeiro. A reflexão foi ministrada pelo monsenhor Gabriel Richi Alberti, da Faculdade de Teologia São Damaso, em Madri.
Durante a palestra, monsenhor Richi citou diversas interpretações da teologia conciliar. Três fases de interpretação e recepção do Concílio Vaticano II foram apresentadas ao longo da sua exposição. Ele discorreu sobre a recepção, que, segundo ele é caraterizada pela exaltação, “pela impressão imediata de que o Concílio era um acontecimento libertador”. Logo após ele falou sobre a segunda fase que nasceu sob o símbolo da decepção daqueles que não conseguiam ver na Igreja, com o passar do tempo, nenhuma real renovação.
Depois ele discorreu sobre o que nomeou como uma nova etapa: o Pontificado do papa Bento XVI, que propôs como chave de leitura da hermenêutica do Concílio Vaticano II, a existência de duas interpretações, uma baseada no conceito de descontinuidade e ruptura, e outra no de renovação, neste caso não como uma ruptura, mas “dentro da continuidade do único sujeito-Igreja, que o senhor nos doou”. E, neste caso, "é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo, contudo, sempre o mesmo, o único sujeito do povo de Deus a caminho".
Ao final da exposição de monsenhor Gabiel Richi Alberti, os bispos se reuniram na capela para oração das Vésperas. Como última atividade do dia, eles visitaram o Centro de Operações Rio, inaugurado pela prefeitura da cidade no dia 31 de dezembro. Ele integra cerca de 30 órgãos municipais e concessionárias com o objetivo de monitorar e otimizar o funcionamento da cidade.
O arcebispo metropolitano de Natal, dom Matias Patricio está participado do encontro.
Fonte: CNBB
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