“A morte de Irmã Dorothy Stang irrompeu com a força da ressurreição. Sua ação, humilde e desconhecida, pequena e quase isolada, multiplicou-se por todos os cantos do Brasil, conquistando corações e mentes e ganhou as dimensões do mundo e do tempo”, expressou o bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Enemésio Lazzaris, sobre o assassinato da religiosa.
A Igreja no Brasil recorda os 10 anos da morte de Irmã Dorothy Stang e sua intensa dedicação à evangelização do povo da Amazônia.
Ontem, 12, o bispo de Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler, presidiu missa em memória ao martírio da Irmã Dorothy. A celebração ocorreu no Centro São Rafael, em Anapu, onde está o túmulo da religiosa. “Quando enterramos o corpo da Irmã Dorothy, em fevereiro de 2005, repetimos muitas vezes que 'não estamos enterrando Irmã Dorothy, mas sim, estamos a plantando'. Ela é uma semente que vai dar muitos frutos. Queremos celebrar estes frutos e as novas sementes que estes frutos estão lançando”, destaca nota no site da Prelazia do Xingu.
Missionária eterna
A religiosa foi assassinada em fevereiro de 2005. Seu corpo estava na zona rural do município de Anapu, local onde Irmã Dorothy defendia a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável na região. A fatalidade repercutiu pelo mundo, retomando o debate sobre os conflitos de terra na Amazônia.
De acordo com dom Erwin Krautler, os acusados de serem mandantes do crime continuam soltos. O próprio bispo vive na região sob escolta policial por atuar na defesa da floresta e dos pobres
Para dom Enemésio, o exemplo de Irmã Doroty continua sendo lembrado pelas comunidades do Brasil. “Para defender o direito dos camponeses e a preservação da floresta Amazônica, não teve dúvida em colocar em risco sua própria vida”, disse o bispo.
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