quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mais 200 mil assinaturas pela aprovação do projeto Ficha Limpa




O presidente da Câmara, deputado Michel Temer, recebeu, na tarde desta quarta-feira, 9, mais 200 mil assinaturas em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular, denominado Ficha Limpa, que torna inelegíveis candidatos condenados em primeira instância por crimes graves e parlamentares que renunciam ao mandato para não serem cassados. As assinaturas foram entregues ao presidente Temer por integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), responsável pela apresentação do projeto ao Congresso Nacional no dia 29 de setembro.
A quarta-feira foi estrategicamente escolhida por ser o Dia Internacional de Combate à Corrupção. O secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, insistiu com o presidente Temer que o desejo do MCCE é que a Câmara comece a discutir o projeto. O secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz, Carlos Moura, também reforçou a necessidade do Congresso ouvir a voz do povo manifestada nas assinaturas recolhidas pelo Movimento que já ultrapassam 1,5 milhão.



“Viemos reiterar nossa esperança de que a proposta seja aprovada. Seguramente o Congresso ouvirá a voz rouca vinda das ruas”, disse Moura.
“Não é voz rouca, mas sonora”, respondeu Temer. O presidente deixou claro, no entanto, que é impossível entrar com o projeto na pauta da Câmara este ano e garantiu que o pautará em fevereiro de 2010. Segundo o presidente, o assunto foi discutido na reunião com os líderes das bancadas ocorrida dia 8, e a maioria disse que há projetos mais urgentes como o do pré-sal.
Guiados pela deputada Rita Camata, os membros do MCCE, acompanhados por um grupo de jovens, visitaram lideranças dos partidos, inclusive os líderes da base governista que estavam reunidos. A cada um foi entregue o texto do projeto. Os líderes da base governista foram enfáticos ao afirmar que neste ano não será possível discutir o projeto. Manifestaram-se contrário à inelegibilidade de quem esteja condenado em primeira instância como propõe o projeto. Ratificaram, no entanto, simpatia à sua ideia central.



“Lamentamos (que o projeto não entre em discussão este ano), por isso viemos trazer mais 200 mil assinaturas e mostrar que o clamor do povo continua falando alto nas ruas e vai continuar até que nossos representantes se dignem a começar a discutir o projeto”, disse dom Dimas aos jornalistas.




Fonte: CNBB

Nenhum comentário:

Postar um comentário