Jesus, de
quando em vez é convidado pelos fariseus para participar de refeições; e
aproveita a oportunidade para conscientizá-los a respeito de princípios, como a
verdade, a justiça, a misericórdia, sobretudo. O fato de Jesus aceitar o
convite do fariseu demonstra que o mestre não discrimina ninguém. Entre os
convivas, certamente estavam também os apóstolos.
Nesse ínterim, uma mulher, considerada pecadora
pública aparece na sala. Embora, não só a sala do banquete estivesse aberta, mas
toda a casa, era indecoroso que uma mulher daquele nível entrasse na casa de
tal anfitrião. Mas o pior mesmo é o que ela faz depois com Jesus, além da ação
ser exageradamente afetuosa, é também “escandalosa”: soltar os cabelos na
presença de homens, enxugar com eles os pés banhados em suas lágrimas, o
esbanjamento do perfume. Tudo sem hesitação e com insistência. E Jesus a deixa
fazer sem rejeitá-la nem opor resistência. Quanto escândalo por parte do
anfitrião! Contudo, Jesus conjectura o pensamento mesquinho do fariseu, e com
isso rebate o julgamento sobre ele, e lhe responde sem titubear, com autoridade,
em voz alta, corrigindo assim o seu mesquinho juízo sobre aquela pobre mulher.
O recurso é contar uma parábola para comprometer o fariseu.
Na parábola e na sua aplicação, todos são
levados a aprender e a viver assim: “ama muito, porque lhe perdoaram muito;
foi-lhe perdoado muito, porque amou muito”.
Assim sendo, o Evangelho de São Lucas é o
grande alfobre patrocinador da misericórdia divina. É a alternativa “número um” a adequar a
inclusão de todos e todas na possibilidade do amor comprovado por Jesus.
A parábola contada por Jesus tem como
finalidade ajudar a determinadas pessoas a deixarem a “contra-mão” da
superioridade e da arrogância, sobretudo, porque, desequilibradamente, o fazem
em nome de Deus. Lucas quer chamar a
atenção para a conversão da pecadora, mostrando a infinita misericórdia de Deus.
Tal narrativa ensina-nos que Jesus Cristo rejeita os falsos e mesquinhos
comportamentos, enquanto abre a possibilidade do Reino a quem pede para entrar,
sem forçar a ninguém a indicar atestado de boa conduta pela fé comprovada.
Atenção, a comunidade cristã é o resultado
entre “uns que já são quase santos” e outros ainda pecadores. Todos, portanto,
precisam de conversão.
Diz o grande São Leão Magno: “Aquele que é
misericordioso quer que você seja misericordioso; aquele que é justiça, quer
que você seja justo, exatamente para que o Criador brilhe em sua criatura”.
Ø Para refletir: Há um desafio: perdoar
quem quer que seja! Que tal, vamos topar a parada?
PARÓQUIA
DA IMACULADA CONCEIÇÃO
NOVA
CRUZ – RN
Pe.Francisco de Assis Inácio
-Pároco-
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