Dom Jaime Vieira Rocha
Em todo o Brasil, as dioceses se mobilizam para levar jovens para a Jornada Mundial da Juventude. Como está esta mobilização na Arquidiocese?
A Semana Missionária mobiliza os jovens para a JMJ, com o acolhimento de peregrinos estrangeiros. Qual é a expectativa para a Semana Missionária?
A Semana Missionária visa incluir, de maneira efetiva, as Dioceses no caminho da Jornada. Foi uma iniciativa muito feliz, porque, do contrário, ficaria a JMJ lá no Rio de Janeiro, enquanto o resto do Brasil ficaria, como que, assistindo de televisão. Ela se desenvolve uma semana antes da JMJ, dentro de três pilares fundamentais: oração, solidariedade e cultura, tendo em vista o envolvimento e o acolhimento de peregrinos estrangeiros. É, também, uma grande oportunidade para a Igreja se voltar mais para os jovens, fazendo com que eles se renovem e despertem para a sua vocação batismal. A JMJ será de 23 a 28 de julho. A presença do Papa Francisco, um latino americano, em sua primeira viagem internacional, será uma motivação a mais para os jovens. Para mim, o grande fruto da JMJ é esta retomada de atenção e de zelo da Igreja, sobretudo de nós, pastores, para com os nossos jovens que estão, muitas vezes, à mercê apenas do consumismo e, por conseguinte, de tudo que vai resvalando para os delitos, tráfico de drogas, a dependência química e para a violência.
Caso não se confirme a vinda das caravanas de jovens estrangeiros, como será realizada a Semana Missionária na Arquidiocese?
Nós todos - paróquias, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas - devemos nos engajar e nos comprometer com a Semana Missionária, tenhamos ou não peregrinos estrangeiros. Devemos dar ênfase e oportunidade para a participação de nossos jovens. Tudo o que está programado, sobretudo os grandes momentos, em Uruaçu e na Catedral, com a juventude, permanecerá e acontecerá, porque se trata de um momento da juventude. Se vierem os peregrinos, ótimo! Se não, vamos realizar esses momentos, que promovem a participação do jovem na vida da Igreja. Ponderemos este fato: é um evento que ocorre, pela primeira vez, no Brasil, e, conforme a experiência das Jornadas anteriores, o grande público é o local. Outro fator é a dimensão continental do Brasil, o que dificulta o deslocamento. Em nível local, as famílias que foram convidadas a acolher os jovens estrangeiros, agora devem ser olhadas como aquelas que apoiam a Jornada, nessa perspectiva de acolhimento e de apoio às promoções pastorais da Igreja.
Que mensagem o senhor deixa para os jovens da Arquidiocese que pretendem ir à JMJ?
Desejo que eles se revistam deste espírito missionário, que deixam tudo e se dispõem a sair de si mesmo e seguir adiante. Vocês estão empreendendo uma viagem para um encontro profundo com o Nosso Senhor Jesus Cristo. E este encontro se reveste desta dimensão bonita e profunda de universalidade da Igreja. Revestidos do Espírito Santo, com a celebração de Pentecostes, vocês vão, como que, em busca de uma luz, de algo novo, de uma mensagem permanente, de uma verdade que não se esgota e nem se desgasta, que é Jesus Cristo.
Fonte: Arquidiocese de Natal
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