Mais de um milhão de pessoas participaram dia 1º de maio, da beatificação de João Paulo II, uma das maiores da história da Igreja. O evento histórico não tem precedente, já que nos últimos mil anos nenhum papa proclamou seu antecessor como beato. A celebração de hoje ganha destaque especial também por ser o Domingo da Divina Misericórdia, festa criada por João Paulo II, particularmente devoto e ligado à santa polonesa Faustina Kowalska, religiosa falecida em 1938 e canonizada pelo próprio João Paulo II em 30 de abril de 2000.
A data escolhida para a beatificação é a celebração litúrgica mais próxima da morte de João Paulo II, que faleceu na véspera da festa da Divina Misericórdia em 2005, celebrada anualmente no primeiro domingo depois da Páscoa.
Ao entrar na Praça de São Pedro, o papa Bento XVI foi acolhido pela multidão que o saudou em sua passagem com o papa-móvel. A cerimônia começou com o pedido formal de beatificação feito pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do papa para a diocese de Roma, que leu também a biografia de João Paulo II. Ao seu lado, estava o postulador da causa, monsenhor Sławomir Oder.
Em seguida, Bento XVI recitou fórmula de beatificação em latim, fazendo o anúncio da data da festa litúrgica em 22 de outubro, (dia da primeira missa de seu pontificado) e foi mostrada uma grande foto que retrata Karol Wojtyla, em 1995. A partir daquele momento, a Igreja católica ganhou um novo beato: o bem-aventurado João Paulo II.
“Hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade”.
Um interminável aplauso, comoção, lágrimas nos olhos de fieis de todas as idades, cantos e abraços inundaram a Praça, que explodiu de alegria.
Irmã Tobiana, uma das mais próximas colaboradoras de João Paulo II, e Irmã Marie Simon Pierre, a religiosa francesa que recebeu a graça por sua intercessão e foi curada do mal de Parkinson, levaram as relíquias ao altar: uma pequena ampola contendo o sangue do beato João Paulo II. O caixão com os restos mortais de João Paulo II ficou exposto para veneração, até o último devoto, na Basílica de São Pedro.
Fonte: CNBB
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