quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Deus, o eterno parceiro dos pobres e pecadores!

                                       24º Domingo do Tempo Comum

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            EVANGELHO: Lc 15, 1-32

            Penso que os teólogos biblistas reconhecem que o capítulo 15 do Evangelho de Lucas está no centro de sua obra e, que, trata da viagem de Jesus para Jerusalém, onde ele ofertará a sua vida. É um caminho a ser percorrido: não só tem a dimensão geográfica, mas também um itinerário espiritual. Há uma lição a ser ensinada e pedida para que se viva a partir do exemplo concreto que Jesus oferecerá com seu exemplo de vida, isto é, fidelidade ao Pai e Amor Eterno por todos nós.
            O trecho do evangelho deste 24º domingo do tempo comum, nos trás uma série de parábolas, numa sucessão de três. Segundo São Lucas, o objetivo das parábolas é tratar da temática “misericórdia”: “ovelha perdida e reencontrada”, “moeda perdida e reencontrada” e o “filho pródigo, ou melhor, pai misericordioso”, ou ainda “pai bondoso”. “Predominam nas três os sentimentos, e entre eles, os destinatários das parábolas, a alegria; é a vantagem de falar com relatos, e não com teorias”.

            Jesus é provocado
            Qual é a origem das críticas que os doutores da Lei e os escribas e fariseus fazem ao comportamento do Filho de Deus? “Todos os coletores e os pecadores se aproximavam para ouvir. Os fariseus murmuravam: - Este homem acolhe os pecadores e come com eles”. As parábolas querem expressar a resposta de Jesus aos insultos maldosos dos escribas e fariseus, que sem resquício nenhum de rancor e revide por parte do Mestre, elas visam, sim, e tão somente, exortar ao cristão a identificar-se com o Deus “de piedade e de ternura, lento para a ira, e rico em amor” (Jonas 4,2).

            Destinatários:
            Concretamente, quem são os destinatários? O início da leitura não deixa dúvida: ... “Este homem recebe e come com pessoas de má vida”. A atenção dada por Jesus aos pobres e pecadores é por causa de sua condição marginal; eram “desgarrados”, eram como moedas e como ovelhas perdidas, mas agora estão todos perto de Jesus. E mais, passam a viver lado a lado do Mestre, passando a conviver com ele, independentemente de qualquer limite; os pobres passam a ser protagonistas de sua história, sendo promovidos aos primeiros lugares, como verdadeiros cidadãos.

            As três parábolas e suas interpretações

§    A ovelha perdida (vv. 4,7)
            Alguns imaginam que há algo estranho, quando Jesus estimula os seus discípulos a sair em busca da “ovelhinha”. Tão somente uma ovelhinha raquítica, que falta faria diante de um rebanho tão grande? Noventa e nove dentro, apenas uma fora. Ele, o verdadeiro pastor, arrebenta contra todo o princípio lógico quantitativo. Pois é, não basta funcionar a razão, mas o coração. “Amar como Jesus amou”!
            E tem mais um detalhe: ele faz uma festa, e convida qualquer que seja o filho de Deus, sobretudo os marginalizados, “os sem voz nem vez”! E agora, como é que os fariseus vão entender tal comportamento de Jesus?  Que ensinamento é este dado pelo Mestre? É a revelação de um Deus comprometido e solidário com a promoção da vida: escândalo para uns, mas felicidade para os pobres, pecadores e sofredores, sobretudo. O verdadeiro Deus de Jesus Cristo é aquele que não quer que se perca nenhum destes pequeninos” (Mt 18,14).

§    A moeda perdida (vv. 8-10)
            Agora é a vez da “moeda perdida”. Também nesta aparecem as contradições: quanta alegria e satisfação quando a pobrezinha da mulher encontra a moeda que havia perdido. Ela faz de tudo para encontrar a moeda. Quando a encontra, convida para festejar com ela, as parentas, vizinhas e amigas.               Mais uma minúcia importante: Quanto esforço para readquirir o que estava perdido: com o devido cuidado e exorbitante zelo acende a luz, chama os filhos para que ajudem, varre, espana!
            É assim que Deus age. É Ele que vai em busca de quem se perdeu. Deus procura incansavelmente as “massas sobrantes” da vida, isto é, os “sujos” e “malcheirosos”, os “incapazes e imorais” “pecadores e marginalizados”. Vida para eles, sim!

§    O pai misericordioso ( 11-32)
            Passando da “ovelha” e da “moeda”, vamos à parábola do “pai misericordioso”, e veremos que a colocação torna-se cada vez mais profunda, enternecedora e reveladora de graça sobre graça divina. De fato, Jesus está revelando o jeito de seu Pai agir.
            Contrariando as regras de “partilha de inventário”, o filho mais novo exige de seu pai parte da herança que lhe cabe. Tudo bem, o pai consente. Qual é o problema? Para ele todos os filhos têm o mesmo direito.
            O jovem parte. Após ter feito quase todas as experiências ambíguas da vida, chegou ao final com um saldo marcado por uma condição humilhante, fruto da sua estúpida irresponsabilidade.
            Após ter perdido tudo o que tinha, inclusive a sua dignidade filial, resolve retornar à casa do pai: “ seu discurso de apresentação constará de três partes: reconhecimento do pecado; reconhecimento da perda da filiação; pedido para ser admitido como servo (vv. 18-19).

            O pai e o filho mais novo: Filiação recuperada
            Mas quem foi que disse que o pai havia desistido de recuperar a vida de seu filho? Ele sempre alimentou a possibilidade de revê-lo “são e salvo”.  Vendo-o ainda longe, encheu-se de compaixão. O filho não consegue se quer pedir perdão, porque o pai não admite. O que lhe interessa é que o filho “voltou a viver”. Imediatamente são tomadas algumas iniciativas, tais como: o filho é vestido, puseram-lhe anel, manda matar um novilho, é contratado um bom sanfoneiro, muitos são convidados para a festa. Tudo enfim, não quer expressar o processo de ressurreição? Quem estava quase morto, voltou a viver. É assim que costuma agir Deus: restabelecendo plenamente suas filhas e filhos perdidos.
           
            O pai e o filho mais velho: a caminho da reconciliação!
            Agora entra em cena o filho mais velho. Aparentemente despontava como se fosse um filho exemplar, exímio, mas na verdade era só aparência, deixando-se ser combatido pelas suas declarações. A questão em jogo é essa: embriagado pelo ciúme, não aceita a atitude do pai diante do irmão que retorna, depois de ter cometido a devida imprudência: “Há tantos anos que te sirvo” (v. 29). O pai tenta proporcionar a reconciliação: “Meu filho, esse teu irmão estava morto e voltou a viver” (vv 31-32). O verdadeiro pai procura amar a todos, dando a cada um o tratamento justo e eficaz.

            A questão é: “amar como Jesus amou”
Ø   Na 1ª Carta de João (4, 19-20), diz assim: “Se alguém diz que ama a Deus mas odeia o próprio irmão, mente; pois se não ama o irmão seu a quem vê, não pode amar Deus a quem não vê. E o mandamento que nos deu é que quem ama a Deus ame também o próprio irmão”. Para o bom entendedor, basta! O problema é que nem sempre somos tão bom entendedor na medida do ser. “A linha do amor: ao Pai, ao Filho de Deus, aos filhos de Deus (nossos irmãos). O processo: o mundo se vence com a fé, a fé se apoia no testemunho, o testemunho promete vida”.
Ø   Pensando assim, tenhamos cuidado com o pecado e seus efeitos terríveis. O grande pecado, o pecado máximo é o anti-amor, o desamor, o ódio, a falta de caridade, o egoísmo. Tudo isso nos afasta de Deus e quebra a comunhão sincera com os nossos próximos. “Em contraprova, o demônio é demônio por ter sido confirmado no ódio e se ter tornado incapaz de amar. O inferno é inferno por ser ausência de amor, reino do ódio, vitória final do egoísmo” (Dom Helder Câmara).



PARÓQUIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
NOVA CRUZ – RN

Pe. Francisco de Assis Inácio

- Pároco -

Pastoral da Criança realizará celebração da vida

Celebração da Vida, feita por líderes da Pastoral da Criança


A Pastoral da Criança, da Paróquia da Imaculada Conceição, de Nova Cruz, realiza, mensalmente, a celebração da vida. A finalidade é acompanhar o desenvolvimento das crianças, de zero a seis anos de idade, e respectivas famílias. "A celebração acontece nas comunidades onde há atuação dos líderes da Pastoral, com brincadeiras, lanches, além da pesagem das crianças e celebração da Palavra", comenta o coordenador paroquial da Pascom, Flávio Luiz.

No bairro do Planalto, a Celebração da Vida será realizada dia 29 deste mês, às 16 horas, na residência de uma das líderes da Pastoral.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Paróquia promove Momento mariano

Pedra do Rosário, local onde pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora, em 1753
Crédito: Cacilda Medeiros

A Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, na Cidade Alta, Natal, promoverá um momento mariano, dia 21 próximo, às 16 horas, na Pedra do Rosário, localizada no Rio Potengi. Na ocasião, haverá recitação do terço e celebração eucarística. 

Segundo o pároco, Padre Flávio Herculano, a intenção é, a partir de agora, retomar a realização do momento mariano, todo dia 21, na Pedra do Rosário, em homenagem a Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da Arquidiocese de Natal.


Fonte: Arquidiocese de Natal

Padre Jonerikson Gomes será empossado na Paróquia de Santo Antônio de Pádua

Pe. Jonerikson Gomes ficará à frente da Paróquia de Santo Antônio de Pádua
Crédito: Cacilda Medeiros

A posse do Padre Jonerikson Gomes à frente da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros, acontece na próxima segunda-feira, 16, às 19 horas, na Igreja Matriz, em celebração presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha. Na ocasião, também será apresentado à comunidade o novo vigário paroquial: Padre Newton Coelho de Oliveira.

Padre Jonerikson estava na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Serra Caiada, e Padre Newton era diretor espiritual do Seminário de São Pedro.

Fonte: Arquidiocese de Natal


Festa dos padroeiros

 Festa dos Mártires, em 2012
Crédito: Luiz Gustavo


A Paróquia do Santuário dos Mártires, no bairro de Nazaré, Natal, celebrará a festa dos padroeiros, os Bem aventurados Mártires de Cunhaú e Uruaçu, de 20 a 29 deste mês. No período festivo, todos os dias haverá novena, louvor e atendimento de confissões, com a participação de padres da Arquidiocese. Todas as noites também acontecerão shows com bandas e ministérios de músicas católicos.

O tema da festa será: "Com o testemunho dos mártires, continuamos a missão de Jesus Cristo no mundo".

Fonte: Arquidiocese de Natal


Paróquia de Nossa Senhora Aparecida fará retiro para agentes pastorais

Pe. Edilson Nobre, pregador do retiro
Crédito: Ândreson Madson

Cerca de agentes pastorais, da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em Neópolis, Natal, participarão de retiro espiritual, no próximo final de semana, 13 a 15 de setembro, em Camocim de São Félix (PE). O objetivo é favorecer a formação, espiritualidade e evangelização dos leigos que estão a serviço da Igreja.

O pregador será o Vigário Geral da Arquidiocese de Natal, Padre Edilson Soares Nobre. O retiro, que acontecerá no Convento Nossa Senhora Peregrina, da Ordem do Carmo, contará também com a participação do pároco, Padre Antônio Nunes de Araújo.

Fonte: Arquidiocese de Natal

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Capelania divulga festa dos Mártires

Padre Reginaldo Manzotti fará show, no encerramento da festa dos Mártires
Foto: José Bezerra


A festa dos Mártires Potiguares será realizada de 22 de setembro a 3 de outubro. A primeira atividade será uma motorromaria, que será realizada dia 22 próximo, saindo às 9 horas, da Catedral Metropolitana, passando por Parnamirim, Macaíba e, por último, o Monumento dos Mártires, na Comunidade de Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante.

A partir do dia 23 até 2 de outubro, às 19 horas, haverá celebração de novenas, no Monumento. O encerramento das festividades acontecerá dia 3 de outubro, feriado estadual no Rio Grande do Norte. Neste dia, a partir das 8 horas, haverá missas e outras atividades, no Monumento e na capela, situada no Povoado de Uruaçu. Às 16 horas, será realizado show, com o Padre Reginaldo Manzotti e, às 17h30, missa, presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha.

Os 'Protomártires do Brasil' foram beatificados pelo Papa João Paulo II, em 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano. A data escolhida pela Igreja Católica para celebrar a memória dos Bem Aventurados Mártires foi 3 de outubro, data do martírio de Uruaçu.

Fonte: Arquidiocese de Natal

domingo, 8 de setembro de 2013

Optar por Jesus, é questão de bom senso cristão!

23º Domingo do Tempo Comum -


Ø Evangelho (Lc 14,25-33)
                É típico do evangelista Lucas explorar em seu evangelho a misericórdia de Deus e as exigências radicais.
                A condição para alguém ser discípulo de Jesus é conhecê-LO e amá-LO, além de priorizar o seu Reino. Portanto, “quem não coloca Jesus e o Reino de Deus no centro da sua vida e acima de tudo não pode ser seu discípulo e missionário”. Um detalhe: A expressão “não pode ser meu discípulo” aparece três vezes (14, 26, 27,33) como se fosse um lema pertinente no Evangelho deste domingo.
                Tratando-se da confirmação das fortes exigências, como condição para seguir Jesus, o evangelista coloca depois em cena duas parábolas: Para se construir uma “torre” (14,28-30), é preciso um grande investimento. E a segunda parábola (14,31-32) sublinha os grandes sacrifícios ligados aquele de Jesus: é preciso renunciar a todos os seus bens (14,33). Atenção para um paradoxo que há aqui: “se para construir ou fazer guerra é preciso contar com meios, para seguir Jesus, o essencial é não possuí-los”.
                São três as condições exigidas por Jesus
                1. A primeira: “por em segundo lugar”
                “Se alguém vem a mim e não põe em segundo lugar seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até sua própria vida, não pode seu meu discípulo” (v. 26). Para Jesus, o amor na sua natureza e dinâmica, não obedece a limite, quanto mais se ama, melhor fica. Só Jesus é prioritário. É questão de desapego, e o desapego exige mais ainda: não só as pessoas íntimas e queridas devem ser consideradas secundárias, inclusive a própria vida.
                2. A segunda: “Carregar a cruz”
                “Quem não carregar a sua cruz e não me seguir não pode ser meu discípulo” (v. 27). Cuidado para não pensarmos esta frase tão somente como sendo uma questão de mortificação e resignação. A dor deve ser evitada, porém se sou obrigado a assumi-la, que minha reação não seja de revolta, mas de firmeza e confiança no amor de Deus. “Às vezes, porém, acontece que o amor aos irmãos exija de nossa parte renúncias e até sacrifícios heroicos. Cristão é aquele que, como o Mestre, caminha, “carregando a cruz”, isto é, oferecendo todos os dias a própria vida ao irmão”. A “cruz”, em si mesma, não é um bem. Mas é um meio para a nossa redenção.
                3. A terceira: “Renunciar”
                É preciso ter coragem de ariscar. E mais ainda: o seguimento a Jesus só será possível, porque autêntico, se houver renúncia de tudo (v 33).
                Talvez alguém venha a conjecturar que, tais exigências só trazem desaconselhamento e desânimo mais do que animar e fortalecer as pessoas, na sua pequenez e fragilidade, quando tiverem que se decidir em seguir a Jesus Cristo.          
                Concluindo, Lucas, no trecho de hoje, “procura frisar que o ser cristão comporta decisões e riscos que determinam toda a vida de quem fez essa opção”.
                Para refletir:
- Que tal a proposta: tomar a cruz e seguir a Jesus?
- Temos ajudado os irmãos sofredores e marginalizados a carregarem suas cruzes? Ou ficamos tão somente tentando consolá-los com conversas adocicadas?


Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco