domingo, 8 de setembro de 2013

Optar por Jesus, é questão de bom senso cristão!

23º Domingo do Tempo Comum -


Ø Evangelho (Lc 14,25-33)
                É típico do evangelista Lucas explorar em seu evangelho a misericórdia de Deus e as exigências radicais.
                A condição para alguém ser discípulo de Jesus é conhecê-LO e amá-LO, além de priorizar o seu Reino. Portanto, “quem não coloca Jesus e o Reino de Deus no centro da sua vida e acima de tudo não pode ser seu discípulo e missionário”. Um detalhe: A expressão “não pode ser meu discípulo” aparece três vezes (14, 26, 27,33) como se fosse um lema pertinente no Evangelho deste domingo.
                Tratando-se da confirmação das fortes exigências, como condição para seguir Jesus, o evangelista coloca depois em cena duas parábolas: Para se construir uma “torre” (14,28-30), é preciso um grande investimento. E a segunda parábola (14,31-32) sublinha os grandes sacrifícios ligados aquele de Jesus: é preciso renunciar a todos os seus bens (14,33). Atenção para um paradoxo que há aqui: “se para construir ou fazer guerra é preciso contar com meios, para seguir Jesus, o essencial é não possuí-los”.
                São três as condições exigidas por Jesus
                1. A primeira: “por em segundo lugar”
                “Se alguém vem a mim e não põe em segundo lugar seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até sua própria vida, não pode seu meu discípulo” (v. 26). Para Jesus, o amor na sua natureza e dinâmica, não obedece a limite, quanto mais se ama, melhor fica. Só Jesus é prioritário. É questão de desapego, e o desapego exige mais ainda: não só as pessoas íntimas e queridas devem ser consideradas secundárias, inclusive a própria vida.
                2. A segunda: “Carregar a cruz”
                “Quem não carregar a sua cruz e não me seguir não pode ser meu discípulo” (v. 27). Cuidado para não pensarmos esta frase tão somente como sendo uma questão de mortificação e resignação. A dor deve ser evitada, porém se sou obrigado a assumi-la, que minha reação não seja de revolta, mas de firmeza e confiança no amor de Deus. “Às vezes, porém, acontece que o amor aos irmãos exija de nossa parte renúncias e até sacrifícios heroicos. Cristão é aquele que, como o Mestre, caminha, “carregando a cruz”, isto é, oferecendo todos os dias a própria vida ao irmão”. A “cruz”, em si mesma, não é um bem. Mas é um meio para a nossa redenção.
                3. A terceira: “Renunciar”
                É preciso ter coragem de ariscar. E mais ainda: o seguimento a Jesus só será possível, porque autêntico, se houver renúncia de tudo (v 33).
                Talvez alguém venha a conjecturar que, tais exigências só trazem desaconselhamento e desânimo mais do que animar e fortalecer as pessoas, na sua pequenez e fragilidade, quando tiverem que se decidir em seguir a Jesus Cristo.          
                Concluindo, Lucas, no trecho de hoje, “procura frisar que o ser cristão comporta decisões e riscos que determinam toda a vida de quem fez essa opção”.
                Para refletir:
- Que tal a proposta: tomar a cruz e seguir a Jesus?
- Temos ajudado os irmãos sofredores e marginalizados a carregarem suas cruzes? Ou ficamos tão somente tentando consolá-los com conversas adocicadas?


Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco


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