sábado, 8 de junho de 2013

10º Domingo do Tempo Comum

Para Jesus o que importa é a vida!
Lc 11,11-17
                Temos hoje uma página do Evangelho retirada de Lucas, que nos coloca frente a mais uma entre tantas atitudes misericordiosas praticadas por Jesus: trata-se de uma procissão de enterro de um único filho de uma pobre mãe viúva, que recebe dele a feliz iniciativa de fazer o jovem voltar a viver.   
                 Lembro-me aqui da preocupação embaraçada de João Batista, em querer saber se Jesus era realmente o Messias, para melhor dissipar sua dúvida, ou seja: “És tu aquele aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (7,19). E, logo em seguida, vem a resposta: “”Ide informar a João sobre o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a visão, coxos caminham, leprosos ficam limpos, surdos ouvem, mortos ressuscitam” (7,22).
                Pois bem, aqui está a mais autêntica resposta de Jesus dizendo quem ele é e ainda quem é João Batista, como num verdadeiro testemunho recíproco.
                A compaixão só é autêntica se for provada e comprovada. Frente a frente com a mãe enlutada, a reação de Jesus é de total solidariedade. O Senhor se compadece de uma própria viúva, que há pouco perdera o marido; e, como não bastasse o seu sofrimento pela eterna partida de um ente querido, o amor da sua vida, agora a morte do seu único filho querido: quanto sofrimento!  Jesus avança, ordena que interrompa sua caminhada em direção da morte e lhe diz: “Não chore!”. Continua a narração, dizendo que ele aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” Isso é o que fez e faz Jesus!
                O texto nos faz lembrar a procissão do encontro: uma é composta por Jesus e pelos que lhe acompanham; a outra é a procissão dos que choram pelo jovem que faleceu. E Jesus, de que lado se posiciona? Ele puxa a procissão dos que vivem; isto é, dos que anunciam a esperança e a salvação.
                Por conseguinte, irmãos e irmãs, no Evangelho de hoje, o Senhor nos faz despertar para algo importante, porque diz respeito à nossa vida de cristãos e cristãs. Assim sendo, somos chamados a fazer o que Jesus fez e faz: sempre que encontrarmos alguém nas amarguras da vida, nos pedindo ajudas, devemos ser capazes de parar aquilo que estamos fazendo para oferecer a nossa mais expressiva solidariedade, afim de, pelo menos aliviar o seu sofrimento. Atenção, ouçamos a ordem do Querido Filho de Deus: “Vamos servir, Jesus manda servir!”
                Tem ou não tem importância a Palavra de Jesus? Aliás, ela tem o poder de transformar a escuridão em claridade, o feio em bonito, o choro em sorrisos, o não sem razão em sim feito de felizes, belos e definidos horizontes.
                Nada de pranto! Nada de assombro! As multidões se encontram num só patamar da vida! Apenas louvam, agradecem e concluem expondo o que sentem: “Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo!” (v. 16).
                Ao refletir sobre esta página de hoje, a respeito da atitude de Jesus, em Naim, confesso em “alta voz e bom som”, que tal gesto me faz mais e mais provar e decidir pela confiança na Palavra transformadora do Senhor, reconhecendo que Ele é Senhor da morte e da vida. Se Ele, Jesus, o Senhor, venceu a morte, pode, e como pode fazer com que eu e tantos outros também ressurjamos de nossas mortes. Acreditemos nisso e abramos o coração para ouvir: “Eu lhe digo: levante-se!”


Paróquia da Imaculada Conceição
Nova Cruz – RN

Pe. Francisco de Assis Inácio
 - Pároco -


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