sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Bispo incita os jovens a serem protagonistas de um mundo diferente


Dom Eduardo Pinheiro, Presidente da Comissão de Juventude, da CNBB
Foto: Cacilda Medeiros




O Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, e bispo auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro, esteve em Natal, na semana passada, para participar das comemorações dos 50 anos da Campanha da Fraternidade e do encontro de coordenadores nacionais de expressões juvenis. Na ocasião, ele conversou com a redação do Jornal A Ordem sobre a Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial da Juventude. No final, Dom Eduardo deixou uma mensagem e um pedido para a juventude da Arquidiocese de Natal: "Sejam vocês protagonistas, provoquem questionamentos, reflexões e espaços, para que mais grupos de jovens sejam fundados. Sejam vocês protagonistas de um mundo diferente."

A Ordem: A Campanha da Fraternidade deste ano retrata a situação atual da juventude e, neste contexto, reflete também a influência das novas mídias. A Igreja está atenta a isto?

Dom Eduardo: A Igreja tem sido muito positiva quanto o olhar a juventude. E é interessante que, em relação às comunicações, o Papa tem provocado este olhar positivo. Não podemos negar que dentro deste contexto que estamos vivendo, de muitas transformações, a mídia é responsável, também, pelas mudanças. A gente acredita que, a partir da mídia, o bem pode ser cada vez mais propagado. E como nós temos como missão a propagação do bem, da justiça, da verdade, do amor, dos valores, nós só temos que aderir a esses espaços midiáticos, favorecendo aos jovens uma formação técnica para o uso da mídia e a participação, o quanto possível, na linguagem jovem.

A Ordem: Todos os anos, a Igreja lança um Texto base que serve de subsídio para as reflexões sobre a Campanha da Fraternidade. Qual o conteúdo do Texto base deste ano?

Dom Eduardo: Podemos dizer que o texto contempla três áreas: a pessoa do jovem, enquanto merecedora de situações para a sua formação humana, cristã e cidadã; a Igreja, em si, para que renove as estruturas, em vistas do jovem, e que seja um lugar de atração e de formação; e a sociedade. São, portanto, três focos, enfatizados no Texto base: a pessoa, a Igreja e a sociedade.

A Ordem: Qual a relação da Campanha da Fraternidade 2013 e a Jornada Mundial da Juventude?

Dom Eduardo: Há uma relação, mas não uma dependência. O contexto da Jornada acaba movimentando muitos jovens e, porque não dizer, todo o Brasil. Então, esse contexto provocou, em nós, a decisão de fazer com que a Campanha, que atinge todas as comunidades, nas suas estruturas, reflita também a juventude.

A Ordem: E por falar na Jornada Mundial da Juventude, como estão os preparativos, no Brasil?
Dom Eduardo: Há um fervor muito grande que a gente percebe no meio dos jovens. E digo mais: no meio dos adultos também. Com a peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora, principalmente, o nosso povo tem se movimentado. E agora, certamente, o interesse vai aumentar, devido a este contexto que a Igreja passa, na expectativa da vinda do novo Papa.

A Ordem: O que significa para a Igreja Católica, no Brasil, sediar a Jornada Mundial da Juventude?

Dom Eduardo: Um privilégio e um compromisso. Um privilégio porque, diante de tantos pedidos, o Brasil foi acolhido pelo Santo Padre, Papa Bento XVI. É um compromisso muito sério porque no coração da Jornada existe a intenção principal de favorecer a pastoral juvenil nos vários cantos do País. A Jornada não tem uma finalidade exclusiva, mas quer ser um momento que proporcione um dinamismo maior para o jovem e para a Igreja, em vista da evangelização.

A Ordem: Que frutos a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, espera colher com a Jornada Mundial?

Dom Eduardo: Um dos frutos que esperamos é a maior abertura das nossas comunidades paroquiais e diocesanas, com relação à juventude. Esperamos que haja mais espaços de oportunidades, propostas de encontros, de evangelização e, de modo todo particular, o envolvimento dos jovens nas decisões, e nas redes sociais em vistas da evangelização.

A Ordem: Que mensagem o senhor deixa para a juventude da Arquidiocese de Natal?

Dom Eduardo: Já experimentei o ardor missionário da juventude da Arquidiocese de Natal, em outras ocasiões, como, por exemplo, no Bote Fé, no ano passado. A vocês, queridos jovens, deixo um pedido muito grande: que vocês saibam aproveitar muito deste presente que Deus está concedendo, através da Campanha da Fraternidade, da Semana Missionária e da Jornada Mundial da Juventude. Sejam vocês protagonistas, provoquem questionamentos, reflexões, espaços, para que mais grupos de jovens sejam fundados. Sejam vocês protagonistas de um mundo diferente. Deus os abençoe, dê criatividade, sabedoria e coragem para responderem positivamente à frase do profeta Isaías: 'Eis-me aqui, envia-me'.

Fonte: Arquidiocese de Natal

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