terça-feira, 25 de setembro de 2012

Papa fala de ética na política



Papa Bento XVI recebeu na residência Apostólica de Castel Gandolfo os 110 participantes do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã. Na ocasião, ele afirmou que é no espírito de confiança e sem desânimo que o compromisso civil e político pode receber novo estímulo e impulso na busca de um sólido fundamento ético. 

No seu discurso o Papa recordou que se passaram 5 anos do último encontro e neste tempo o compromisso dos cristãos na sociedade continuou a ser vivaz fermento para melhorar as relações humanas e condições de vida. Este compromisso não deve conhecer flexões ou limites, mas ao contrário deve ser ampliado com renovada vitalidade, levando em consideração, em certos casos, o agravamento dos problemas que enfrentamos.

Destaque cada vez mais crescente – disse o Papa - assume a atual situação econômica, cuja complexidade e gravidade justamente preocupa, mas diante da qual o cristão é chamado a agir e a se exprimir com espírito profético, capaz de colher nas mudanças em andamento a incessante e misteriosa presença de Deus na história, assumindo assim com realismo, confiança e esperança as novas emergentes responsabilidades. “A crise obriga-nos a projetar de novo o nosso caminho, a impor-nos novas regras e a encontrar novas formas de compromisso, tornando-se assim uma oportunidade de discernimento e de novo planejamento”.


É neste espírito, com confiança e sem desânimo – disse Bento XVI - que o compromisso civil e político pode receber novo estímulo e impulso na busca de um sólido fundamento ético, cuja ausência no campo econômico contribuiu para a atual crise financeira global. A contribuição política e institucional que os senhores dão não poderá, portanto, limitar-se a responder às necessidades urgentes de uma lógica de mercado, mas deve continuar a assumir como central e essencial a busca do bem comum, como também a promoção e proteção da inalienável dignidade da pessoa humana.


E o Papa adverte: um autêntico progresso da sociedade humana não poderá deixar de lado políticas de tutela e promoção do matrimônio e da comunidade, políticas que cabem não só aos Estados mas também à Comunidade Internacional, para inverter a tendência de um crescente isolamento da pessoa, fonte de sofrimento e de insensibilidade seja para o indivíduo seja para a própria comunidade.


O Papa chamou ainda a atenção para o fato de que “se é verdade que a defesa e a promoção da dingidade da pessoa humana são responsáveis os homens e mulheres de qualquer conjunta da história”, é também verdade que tal responsabilidade concerne de modo particular àqueles que são chamados a desempenhar um papel de representação. Eles, se animados pela fé, devem ser “capazes de transmitir às gerações futuras razões de vida e de esperança”.

Leia mais AQUI

Fonte: CNBB

Nenhum comentário:

Postar um comentário